terça-feira, 8 de maio de 2018

Livro: III Encontro de Professores de filosofia do Estado de São Paulo

A Edição Impressa será lançada no nosso IV Encontro Estadual que se realizará nos dias 12, 13 e 14 de Setembro.

APRESENTAÇÃO
  
           A Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (APROFFESP), fundada em 2009, prossegue na defesa da Filosofia e de uma educação laica, crítica e de qualidade. Tem por objetivo promover o ensino da disciplina nas escolas públicas e privadas; defender os interesses dos professores e organizar a luta da categoria em todo o Estado de São Paulo, em conjunto com a Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil (APROFFIB), criada em 2013, no I Encontro da APROFFESP.
           O III Encontro Estadual dos Professores e Filósofos de São Paulo acontece em um momento de franco retrocesso na política social do país, em que o governo ilegítimo de Michel Temer, apoiado por um Congresso conservador, aprovou a Proposta de Emenda Constitucional - PEC 55, a “PEC da morte”, que congela investimentos, sobretudo nas áreas de educação, saúde e seguridade social, para os próximos 20 anos.
A exemplo do que ocorreu no regime ditatorial militar, que exilou a Filosofia do currículo escolar, com a lei 5.692 de 1971, o governo Temer, em uma “canetada”, retirou a obrigatoriedade dessa disciplina, além da Sociologia, do ensino médio com a Medida Provisória 746. Sem qualquer diálogo com a comunidade acadêmica e escolar. As disciplinas só poderão ser ensinadas de forma “diluída” em outras disciplinas, na Base Nacional Comum Curricular, ao longo dos três anos.
          Soma-se a mais esse golpe o fato de que os milhares de professores habilitados para lecionar tais disciplinas hoje no ensino médio enfrentarão o desemprego, seja por eliminação ou redução de carga horária, seja pela liberação de professores com “notório saber”. E por fim, fica evidente que tal projeto tem por objetivo excluir mais uma vez os filhos e filhas dos trabalhadores do acesso à educação.
          Diante desse cenário catastrófico, a APROFFESP, com a realização de seu III Encontro, que teve a participação de mais de 320 pessoas, pretende contribuir para o debate, organização e mobilização dos professores de Filosofia e filósofos na defesa de uma educação de qualidade que vise à construção do pensamento crítico para uma efetiva transformação social.

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Farejador Filosofico - Profª Lúcia Peixoto: Marginalização das Ciências Humanas: A quem intere...: A quem interessa a marginalização das Ciências Humanas e o exílio da Filosofia e da Sociologia do Ensino Médio? O que está por traz da absur...

Pagamento dos salários d@s aposentad@s já!

A APROFFESP REPUDIA O DESCASO DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO QUE DE MODO AVILTANTE DEIXA DE PAGAR OS SALÁRIOS DAS PROFESSORAS E PROFESSORES APOSENTADOS. DENUNCIAMOS E EXIGIMOS O DEPOSITO IMEDIATO DOS SALÁRIOS.

"Muitos Professores e Professoras aposentados (as), do Estado de São Paulo foram surpreendidos nesta manhã de 08 de maio com uma surpresa muito desagradável, o pagamento dos salários não foi depositado pelo governo através do SPPREV; sequer está provisionado. 
Consideramos este ataque inaceitável, pois os professores aposentados têm em média uma redução salarial de 20%, além de parte dos salários ser destinada a compra de medicamentos.
O salário é uma questão de vida ou morte para muitos professores. É de se perguntar será que o Estado de São Paulo está seguindo no mesmo caminho do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e outros Estados que simplesmente param de pagar os salários dos funcionários públicos?
Sabemos que os tucanos e seus puxadinhos não têm o menor respeito pela educação, nem pelos professores e pelos funcionários públicos, que já são obrigados a conviver com os salários super-defasados. Agora com a saída de Alckmin do governo e com a briga entre PSDB e PSB eles já começam a jogar a conta nas constas dos professores começando pelos aposentados.
Exigimos o pagamento imediato dos salários e vamos encaminhar para a APEOESP estadual que encaminhe todas as medidas cabíveis, tanto políticas como jurídicas. É gravíssima esta situação.
Pagamento dos salários dos aposentados já!" 


http://abcdaluta.com.br/post/governo-nao-deposita-o-salario-dos-aposentados-exigimos-pagamento-ja

domingo, 6 de maio de 2018

Karl Marx O filósofo da revolução: 200 anos Presente hoje e sempre!


"Os modos de produção vêm definindo e delineando os embates de classe, as teorias de Marx fundamentando e combatendo o positivismo ainda militante, assim como o capitalismo em sua profundidade, nos remete a necessidade de darmos um passo à frente do ponto de vista conceitual e da práxis humana, revolucionando as aspirações pedagógicas rumo à edificação do homem  e do mundo novo que devemos construir de forma revolucionária."  (Aproffesp)
http://www.aproffesp.org/artigos/131-avanca-a-luta-pelo-ensino-de-filosofia-no-brasil


Karl Marx - O filósofo da revolução

Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras. "Cabe agora transformá-lo", concluía. Coerentemente com essa idéia, durante sua vida combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos sistemas de idéias mais influentes da história. Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança da sociedade (leia quadro na página 54). "A educação, para Marx, participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo", diz Leandro Konder, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

No século 20, o pensamento de Marx foi submetido a numerosas interpretações, agrupadas sob a classificação de "marxismo". Algumas sustentaram regimes políticos duradouros, como o comunismo soviético (1917-1991) e o chinês (em vigor desde 1949). Muitos governos comunistas entraram em colapso, por oposição popular, nas décadas de 1980 e 1990. Em recente pesquisa da rádio BBC, que mobilizou grande parte da imprensa inglesa, Marx foi eleito o filósofo mais importante de todos os tempos.

Luta de classes
Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. Segundo o filósofo, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado.

O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade. Segundo Marx, o conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças econômicas tiveram papel central. "O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade com o capitalista industrial", escreveu Marx.

A obra de Marx reúne uma grande variedade de textos: reflexões curtas sobre questões políticas imediatas, estudos históricos, escritos militantes – como O Manifesto Comunista, parceria com Friedrich Engels – e trabalhos de grande fôlego, como sua obra-prima, O Capital, que só teve o primeiro de quatro volumes lançado antes de sua morte. A complexidade da obra de Marx, com suas constantes autocríticas e correções de rota, é responsável, em parte, pela variedade de interpretações feitas por seus
seguidores.

Trabalho e alienação
Em O Capital, Marx realiza uma investigação profunda sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-lo, rumo a uma sociedade sem classes e na qual a propriedade privada seja extinta. Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador, a idéia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.

Marx abordou as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo em si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido, segundo o pensador. Por causa da divisão do trabalho – característica do industrialismo, em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção –, o empregado se aliena do processo total.

Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante.

Por outro lado, esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão-de-obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.

Um dos objetivos da revolução prevista por Marx é recuperar em todos os homens o pleno desenvolvimento intelectual, físico e técnico. É nesse sentido que a educação ganha ênfase no pensamento marxista. "A superação da alienação e da expropriação intelectual já está sendo feita, segundo Marx", diz Leandro Konder. "O processo atual se aceleraria com a revolução proletária para alcançar, afinal, as metas maiores na sociedade comunista."
Tempo de utopias e rebeliões na Europa

Marx viveu numa época em que a Europa se debatia em conflitos, tanto no campo das idéias como no das instituições. Já na universidade, as doutrinas socialistas e anarquistas se encontravam no centro das discussões dos grupos que Marx freqüentava. Alguns dos pensadores que então alimentavam as esperanças transformadoras dos estudantes hoje são chamados de "socialistas utópicos", como o britânico Robert Owen (1771-1858) e os franceses Charles Fourier (1772-1837) e Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Dois momentos da história européia foram vividos por Marx intensamente e tiveram importantes reflexos em sua obra: as revoltas antimonárquicas de 1848 – na Itália, na França, na Alemanha e na Áustria – e a Comuna de Paris, que, durante pouco mais de três meses em 1871, levou os operários ao poder, influenciados pelas idéias do próprio Marx. A insurreição acabou reprimida, com um saldo de 20 mil mortes, 38 mil prisões e 7 mil deportações.
Aprendizado para a mente, o corpo e as mãoes

Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações "de partido ou de classe". Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado – o que equivaleria a subordinar o ensino à religião. Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador – principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência "profissionalizante", que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de "onilateral" (múltipla), difere da visão de educação "integral" porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por "outros adultos". O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para seguidores como o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o ucraniano Anton Makarenko (1888-1939) e a russa Nadia Krupskaia (1869-1939).
Biografia
Karl Marx nasceu em 1818 em Trier, sul da Alemanha (então Prússia). Seu pai, advogado, e sua mãe descendiam de judeus, mas haviam se convertido ao protestantismo. Estudou direito em Bonn e depois em Berlim, mas se interessou mais por filosofia e história. Na universidade, aproximou-se de grupos dedicados à política. Aos 23 anos, quando voltou a Trier, percebeu que não seria bem-vindo nos meios acadêmicos e passou a viver da venda de artigos. Em 1843, casou-se com a namorada de infância, Jenny von Westphalen. O casal se mudou para Paris, onde Marx aderiu à militância comunista, atraindo a atenção de Friedrich Engels, depois amigo e parceiro. Foi expulso de Paris em 1845, indo morar na Bélgica, de onde também seria deportado. Nos anos seguintes, se engajou cada vez mais na organização da política operária, o que despertou a ira de governos e da imprensa. A Justiça alemã o acusou de delito de imprensa e incitação à rebelião armada, mas ele foi absolvido nos dois casos. Expulso da Prússia e novamente da França, Marx se estabeleceu em Londres em 1849, onde viveu na miséria durante 15 anos, ajudado, quando possível, por Engels. Dois de seus quatro filhos morreram no período. O isolamento político terminou em 1864, com a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois conhecida como Primeira Internacional Socialista), que o adotou como líder intelectual, após a derrota do anarquista Mikhail Bakunin. Em 1871, a eclosão da Comuna de Paris o tornou conhecido internacionalmente. Na última década de vida, sua militância tornou-se mais crítica e indireta. Marx morreu em 1883, em Londres.

Para pensar
A alienação de que fala Marx é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas circunstâncias?

Para saber mais:
- A Ideologia Alemã, Karl Marx e Friedrich Engels, 168 págs., Ed. Martins Fontes
- Marx – Ciência e Revolução, Márcio Bilharinho Naves, 144 págs., Ed. Moderna
- Marx e a Pedagogia Moderna, Mario Alighiero Manacorda, 200 págs., Ed. Cortez
-Marx – Vida e Obra, Leandro Konder, 126 págs., Ed. Paz e Terra


Aldo Santos  - Professor de filosofia do cursinho Passo  a Frente, Formado em Filosofia, Ciências Sociais, Teologia e História. Pós-graduado em Ciências Sociais e Mestre em História e Cultura. Vice Presidente da Aproffesp - Associação de Professores/as de Filosofia e filósofos/as do Estado de São Paulo e Presidente da Aproffib - Associação de Professores/as e Filósofos/as do Brasil. Militante Sindical, Social e do Psol.


APROFFESP: NOTA DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA EM GUARULHOS

A Associação dos Professores/as de Filosofia e Filósofos/as do Estado de São Paulo repudia veementemente a repressão policial da GCM de Guarulhos ontem a um grupo, na sua maioria de professores, que protestava contra a aprovação de um Projeto de Lei do movimento "escola sem partido". Soubemos que vários manifestantes foram feridos com balas de borracha, gás lacrimogêneo, gás pimenta, agressão física, etc. A repressão, a intolerância e o autoritarismo que hoje renascem em.nossa sociefade e que alguns querem transformar em "lei" é um atentado à democracia, à liberdade, o respeito à diversidade...o que é inaceitável!
Cumpre lembrar também que os projetos do "escola sem partido" que tentam aprovar em nível municipal, estadual e federal, já tiveram parecer de inconstitucionalidade da Procuradoria Geral da República - PGR; também não cabe aos municípios legislar sobre conteúdos de ensino, o que é prerrogativa do MEC e do Conselho Federal de Educação.
Mais uma vez lamentamos e repudiamos a violência ocorrida em Guarulhos e nos solidarizamos com os manifestantes agredidos. A Filosofia nasceu na praça pública em Atenas e o debate das ideias continua sendo um de seus pilares! "O ser humano é um animal racional e político", como afirmaram Platão e Aristóteles desde o início!
Resistir é preciso! 🌻
São Paulo, 04 de maio de 2018.
DIRETORIA DA APROFFESP


domingo, 29 de abril de 2018

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